
Duas pessoas foram presas em flagrante, na madrugada desta quinta-feira (25), por despejar chorume, um líquido poluente de cor escura e forte odor, originado da decomposição de resíduos orgânicos do aterro sanitário de Maceió, em um canavial no bairro Cidade Universitária, próximo ao aeroporto.
De acordo com o delegado Cayo Rodrigues, que mais cedo confirmou ao TNH1 que três pessoas haviam sido presas, mas apenas Edilson França da Silva e Anderson Cordeiro Brum foram presos. Eles são ligados a uma empresa contratada para transportar o resíduo para o descarte correto em Recife, capital de Pernambuco, mas a polícia investiga se os motoristas desviaram a rota por decisão própria ou por orientação da empresa. O ato é considerado crime ambiental.
“No momento da prisão, eles não falaram sobre isso, mas estão sendo interrogados e essas dúvidas serão esclarecidas ao longo da investigação. Recebemos a informação do crime ambiental e começamos a monitorar. Hoje flagramos isso, mas acredito que essa não seja a primeira vez que eles fazem”, pontuou.

O Instituto de Meio Ambiente enviou técnicos à sede da Divisão Especial de Investigações e Capturas, onde estão os caminhões, para a análise do material.
Na nota, a secretaria afirma: "Apesar de ser um equipamento da Prefeitura de Maceió, a gestão da CTR acontece por meio de concessão pública, com operação executada pelo Grupo Estre. Todos os esclarecimentos estão sendo cobrados da empresa, que deve se posicionar sobre o caso e será responsabilizada legalmente por qualquer infração ambiental decorrente da operação da CTR".
A pasta ainda afirma que o monitoramento em relação à operação da CTR é rigoroso, respeita à legislação ambiental vigente e tem como base relatórios técnicos emitidos periodicamente e apresentados aos órgãos ambientais fiscalizadores. "Todas as medidas cabíveis já estão sendo adotadas para que, conforme haja o esclarecimento desta situação, a empresa seja responsabilizada juridicamente", conclui.
Sindicância
O Grupo Estre informou, também por nota, que abriu uma sindicância interna para apurar o ocorrido e confirmar se os veículos e suas cargas, de fato, pertencem à empresa contratada para o transporte dos resíduos do aterro. O transporte do chorume é feito, segundo a nota, por empresa terceirizada, e sua saida e chegada são controladas, conforme documentação que foi colocada à disposição das autoridades. Confira a nota na íntegra:
A Estre Ambiental, responsável pela operação da Central de Tratamento de Resíduos de Maceió (CTR Maceió) informa que segue rigorosamente todos os procedimentos de segurança e normas ambientais para o tratamento de resíduos. Do volume de chorume gerado, metade é tratado dentro do próprio aterro e, outra parte, enviada para tratamento externo, ambos devidamente licenciados pelos órgãos ambientais competentes.
O transporte deste chorume é realizado por uma empresa terceirizada, e sua saida e chegada são rigorosamente controladas, conforme documentação que já está à disposição das autoridades.
A empresa esclarece ainda que já abriu uma sindicância interna para apurar o ocorrido e confirmar se os veículos e suas cargas, de fato, pertencem à empresa contratada para o transporte dos resíduos do aterro.
Por: Erik Maia
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